1.6.05

Conta Olga Borelli, amiga íntima da escritora nos últimos anos de vida, que, já no hospital, na véspera da morte, uma Clarice Lispector pálida e frágil tentou caminhar até a porta para dali retirar-se. Deparou-se com o corpo de uma enfermeira, que em movimentos simultâneos barrou sua passagem e a amparou. Em desespero, ainda que rouca, gritou: "Você matou meu personagem!".