Ter na v�spera o cuidado de escancarar a janela. Despertar com a primeira luz cantando e ver dentro da moldura da janela a mocidade do universo, l�mpido inc�ndio a debruar de vermelho quase frio as nuvens espessas. A brisa alta, que se levanta, agitar docemente as grinaldas das janelas fronteiras. Uma gaivota madrugadora cruzar o ret�ngulo.* Um galo desenhar na hora a par�bola de seu canto. Ent�o, dormir de novo, devagar, como se dessa vez fosse para retornar � terra s� ao som da trombeta do arcanjo.
Acordar de novo com cheiro de cafe vindo da cozinha, o barulho da agua da pia, o tilintar das panelas.
- Onde vai hoje?
-Nao sei. Acho que vou ser feliz.
* Odeio gaivotas.