Baby, você é chato. Mas eu te amo mesmo assim. Mas eu te amo também por isso. Mas por te amar mais que muito, tenho que te dizer que você é chato, e que a sua realidade está alterada. E que você vai dar por algum tempo um valor errado pras coisas até entender que home is where your suitcase is.
Essa saudade que você sente, daquelas que não é de bicho nem de gente, é assim de ver um moleque passando na bicicleta assobiando samba, de goiaba, de um cheiro de madeira e quadro quando se entra em casa, não abandona a gente nunca mais. É de uma estranheza só essa saudade que começa aí e não acaba em lugar nenhum, pois que é uma saudade de tempo. E corrói, e atrapalha as idéias. Até a gente aprender que esses momentos, sensações, memórias e saudades, ao contrário do que a gente pensa, fazem parte da nossa vida presente, do nosso momento agora, e não do nosso passado ou de nossas distâncias. E estas mesmas sensações, memórias e saudades abrem-se no nosso sorriso mesmo quando, deslembrados disso tudo, estivermos sorrindo a outras coisas.
Me repito, faço plágio, pra te dizer que procurar o entendimento um do outro é nossa eterna tarefa de penélope, pois somos dois abismos: um poço fitando o céu. Eu te amo. E tenho saudades. E te desejo um retorno feliz, a seu tempo.