'Tinha vantagens não saber do inconsciente, vinha tudo de fora, maus pensamentos, sensações, desejos. Contudo ficar sabendo foi melhor, estou mais densa, tenho âncora, paro em pé por mais tempo. De vez em quando ainda fico oca, ocorpo hostil e Deus bravo. Passa logo. Como um pato sabe nadar sem saber, sei sabendo que, se for preciso, na hora H nadocom desenvoltura. Guardo sabedorias no almoxarifado."
Adélia Prado no último livro-de-ler-no-ônibus que terminei de ler: Quero minha mãe. Lindo.