12.5.05

poucas pessoas podem dizer que realmente me conhecem: meu pai e T. (eu não sou uma delas, André ainda não é uma delas.)

hoje eu contei à T. - que etá na alemanha - que eu queria me mudar e ela me disse: "agora eu posso te dizer que você nunca coube aí."

(a conheci com 3 anos de idade. estudamos juntas, moramos juntas, passamos a infância e a adolescência vivendo as experiências uma da outra. minha adaptação à realidade de filha de pai solteiro. a morte do pai dela. a desadaptação de nós duas. íamos ao circo, ao cinema, aos meus recitais de piano - argh - às apresentações do coral dela. choramos juntas e quando fomos estudar na capital fomos juntas e moramos juntas. se eu posso chamar alguém de irmã esse alguém é ela.

há duas semanas mandei-lhe uma carta. lembro como era bom receber alguma coisa que alguém que eu amava tinha mandado do Brasil, quando era eu que estava no exílio.)