8.4.03

nem tudo que eu gosto eu como

Mais que um doce, quase um artesanato. Cortavam-se tiras finas de mam�o verde que eram cuidadosamente transformadas em rolinhos. Os rolinhos eram costurados para que n�o se desfizessem. No dia da feitura o ch�o da cozinha era forrado com folhas de jornais, n�o sei se por por culpa do doce de banana, que por uma tradi��o inventada era produzido no mesmo dia e soltava seus tiros vermelhos para o alto.

Os bordadinhos de mam�o eram cozidos numa calda doce e depois ocupavam as compoteiras que s� sa�am do repouso na cristaleira para esse fim.

- N�o vai comer seu doce favorito? Fiz pra voc�!
- Mas... eu n�o gosto desse doce.
- Como? Gostava tanto quando era pequena...
- Ah... eu gostava era de ver.

(Neste dia se decobriu que ningu�m gostava do doce. Todo mundo aqui em casa gostava mesmo era do artesnato.)