Bulas, cartas, escritos.
Ando escrevendo cartas. Aos borbot�es. Algumas pro A., que j� me escreveu cartas de todos os jeitos, escritas em guardanapos de boteco do Maranh�o, sentado em dunas no litoral do nordeste, com papel de caderno emprestado no Vale do Jequitinhonha (em saco de papel pardo ainda n�o).
Pegar carta com a m�o, cheirar, ver o selo e o carimbo do dia que foi posto - �s vezes muito antes a carta foi escrita - ver que a letra muda quando � escrita com mais raiva, mais amor, mais emo��o.
(Adorava quando as cartas do A. chegavam escritas � l�pis. Davam sensa��o de urg�ncia, de n�o poder esperar pela caneta. Ele tinha que escrever naquela hora.)
Muito disso � inveja. Inveja do Sabino, do Pellegruventz, do Paj�, do Nicodemus. Inveja de livro de cartas, de Griffin e Sabine, o livro mais bonito que j� vi.
Muito disso � tristeza e avers�o ao mundo tecnol�gico fast food. Mas isso passa.