Achava aquilo chato. Queria mesmo era resposta pronta, daquelas que eu escutava os amiguinhos contarem. Em vez disso recebia perguntas em trocados.
Um dia escutou 'Procure a verdadeira razao das coisas'. Achou bonito. Parecia coisa que lia naqueles livros.
Nao entendeu.
(Hoje sabe que a verdadeira razao das coisas nao eh nobre, nem escrita com letras de ouro. Quase sempre eh de materia de tristeza. A primeira vez que descobriu uma verdade foi numa sala de cinema. Nao queria se formar doutora pelo titulo. Queria mesmo era ser mais admirada que a prima. As coisas ficam mais faceis quando se sabe a verdade.)
Quando li sobre a esfinge tinha 8 anos, nao tive medo. Eu ja a conhecia. Eu a chamava de pai.