23.9.02



LOUVRE, OU EM BUSCA DA GIOCONDA

E eh bem verdade o que dizem do Louvre. Filas lotadas de japoneses. E tah dificil tirar uma foto sem que saia a cabeca de um japones. (Lembro com carinho da velhinha que me perguntou numa loja oriental de Londres porque que eu tirei uma foto da estante das revistas. Na falta de explicacao que fizesse sentido disse que tinha gostado da organizacao das cores. Pedi pra tirar uma foto dela. Ela me disse que nao tinha se arrumado e mimosamente pos a mao no cabelo. Eu tirei a foto e sai dali como uma crianca que ganha um doce.) Deixa, japones fica bem na foto.

Quanto a Monalisa, demorei quatro horas pra achar, apesar das setas apontando, mas no final me pareceu meio sem graca. Aquelas versoes posteres que se viam nas casas de interior antigamente sao maiores e de cores mais brilhantes. Talvez minha memoria tenha dado mais cor e brilho pra elas.

Dentre a Venus de Milo, a Vitoria de Samotracia e A Bordadeira de Vermeer, as pecas que eu mais queria ver no Louvre, o que eu mais gostei mesmo foi dos aposentos de Napoleao III. Lembro que a revista Veja escreveu sobre isso no ano passado, quando abriram a visitacao publica, e so colocou uma foto pequena. Dizia na reportagem que era tao grandioso que nao tinha jeito de tirar foto. Eu so tirei uma, da esquina de cima do pe direito de 15 metros esculpido em ouro. Eh, nao ia caber mesmo na foto.

Bonito tambem sao uns animais antropomorficos gigantes que ficavam num palacio na Mesopotamia. E claro, as esculturas. Milhares delas.

Passei 8 horas no Louvre. Devo ser a unica pessoa que visitou tudo num dia.