lindo!
28.1.07
Angela estava aqui e foi comigo buscar A. no restaurante. No caminho, conversando e rindo, passamos por uma livraria e olhei pra dentro. O riso sobrado da bobagem dita encarou Lulu Santos. Fiquei com vergonha, parecia que ria pra ele.
Lembrei da M.
Fora esse momento esforço busca-marido, passei o fim de semana estatelada, pincei o ciático e outras coisas da idade.
Lembrei da M.
Fora esse momento esforço busca-marido, passei o fim de semana estatelada, pincei o ciático e outras coisas da idade.
18.1.07
então, é hoje. estréio como colunista da Revista Paradoxo
quinta sim, quinta não, vou estar com novo endereço.
visitem, comentem. critiquem. mostrem pros amigos. :-)
ah, o nome da coluna é embornal. quer saber por que? então vai lá.
P.S.: aproveito para agradecer ao meu marido, à Angela, ao Julio, ao Mark e à Marina W.
15.1.07
Dona Doida
Uma vez, quando eu era menina, choveu grosso
com trovoadas e clarões, exatamente como chove agora.
Quando se pôde abrir as janelas,
as poças tremiam com os últimos pingos.
Minha mãe, como quem sabe que vai escrever um poema,
decidiu inspirada: chuchu novinho, angu, molho de ovos.
Fui buscar os chuchus e estou voltando agora,
trinta anos depois. Não encontrei minha mãe.
A mulher que me abriu a porta, riu de dona tão velha,
com sombrinha infantil e coxas à mostra.
Meus filhos me repudiaram envergonhados,
meu marido ficou triste até a morte,
eu fiquei doida no encalço.
Só melhoro quando chove.
Adélia Prado
Uma vez, quando eu era menina, choveu grosso
com trovoadas e clarões, exatamente como chove agora.
Quando se pôde abrir as janelas,
as poças tremiam com os últimos pingos.
Minha mãe, como quem sabe que vai escrever um poema,
decidiu inspirada: chuchu novinho, angu, molho de ovos.
Fui buscar os chuchus e estou voltando agora,
trinta anos depois. Não encontrei minha mãe.
A mulher que me abriu a porta, riu de dona tão velha,
com sombrinha infantil e coxas à mostra.
Meus filhos me repudiaram envergonhados,
meu marido ficou triste até a morte,
eu fiquei doida no encalço.
Só melhoro quando chove.
Adélia Prado
Assinar:
Postagens (Atom)